Tudo tem o seu tempo, ou será que não?
Dezembro 18, 2017
Às vezes, queremos que as coisas aconteçam "naquele momento". E ficamos frustrados porque elas não acontecem, ou acontecem de forma totalmente diferente da que desejávamos. Outras vezes, o tempo vai afastando aqueles que amamos, sejam família, amigos ou algo mais.
Será que isso não acontece porque, simplesmente, é melhor para nós dessa forma, e não o entendemos na altura?
Tenho pensado bastante sobre o "tempo" ultimamente. O que o tempo faz às pessoas, o que o tempo traz de bom e de menos bom. O que o tempo significa para cada pessoa. O que o tempo leva e não traz mais...
O tempo é relativo. Um mês de espera para algo que queremos muito pode ser bastante difícil de passar, enquanto um mês de férias passa a correr. Tudo depende das nossas expetativas e da forma como encaramos a realidade, pelos vistos. Dessa forma, começo a pensar que o tempo, nada mais é do que aquilo que impomos a nós próprios, e que, se calhar, damos-lhe mais importância do que aquela que deveria ter.
É como a célebre frase "o tempo cura tudo". Tretas. O tempo não cura nada. Nós é que aprendemos a lidar com as situações, normalmente, neste caso, dolorosas, de forma diferente. Porque o "tempo" não faz milagres. Apenas nos dá o distanciamento necessário para aceitar e aprender a viver com determinada situação.
Por vezes, a verdade é que é preciso tempo para amadurecer, seja uma ideia, uma decisão, uma relação, ou uma mudança. Sermos impulsivos e não darmos "tempo ao tempo", pode ser prejudicial nalgumas situações. Outras vezes, percebemos que o momento é aquele, não temos "tempo" a perder. Tudo depende da situação e, diria mais, da nossa própria intuição.
Será que existe, então, um "tempo" certo para tudo? Ou seremos nós que fazemos o nosso próprio "tempo"?