A meditação
Novembro 26, 2017
A meditação. Aquela palavra que muitos não entendem e da qual fogem a sete pés. E eu compreendo. Até me iniciar no Reiki, também não compreendia totalmente o que era a meditação e quais os benefícios que ela poderia trazer.
Aliás, posso confidenciar mesmo que achei que nunca seria capaz de meditar. Sou uma pessoa com uma mente bastante ativa, sempre a pensar em tudo e mais alguma coisa. Seja no que tenho para fazer, seja nalgum problema, seja numa música, num projeto que tenho em mãos, enfim, a minha mente é uma correria de pensamentos, uns atrás dos outros.
Por isso, achei que seria impossível para mim meditar. Estar sentada, sem pensar em nada? Eu? Nunca!
Como estava enganada!
Na verdade, a primeira vez que tentei meditar correu tão bem que fiquei surpreendida comigo mesma. Claro que me "distrai" um bocadinho (quem nunca?) mas consegui o que achava impossível e descobri que me acalmava mais do que poderia imaginar. E o sentimento, o relaxamento, a boa disposição que senti, é inexplicável. Foi uma experiência para a vida.
Hoje, medito sempre que posso. Nem que seja por pouco tempo. E se não o faço durante algum tempo, seja por falta de tempo ou preguiça, há algo que acaba por me "chamar" a atenção para isso e lá vou eu. E depois fico melhor. Bastante melhor em todos os sentidos.
Claro que tenho alguns truques e vou deixá-los aqui para quem quiser experimentar. Além da meditação assistida, que nos ajuda a começar, existem pequenas coisas que podem ajudar muito. Música por exemplo. Eu medito, sempre, com música. Ajuda-me a relaxar, ajuda-me a acalmar a mente e o espírito. E leva-me... leva-me até àquele momento pelo qual tanto anseio: o relaxamento total.
Outro dos "truques" é controlar a respiração. Inspirar e expirar pelo diafragma, lentamente, sustendo a respiração uns segundos. No início pode ser difícil, mas verá que à segunda ou terceira tentativa, já o faz inconscientemente. Aliás, concentrando-se na respiração, vai ver que não vai pensar em mais nada...
Depois, claro, tem de estar num espaço calmo, sem interrupções nem interferências, de preferência com pouca luz e sentado de forma confortável. Não adianta querer estar na posição de lótus se lhe dói as pernas. Assim nunca conseguirá relaxar. É certo que a forma que ensinam para meditar é essa, mas caso não lhe seja possível, pode-se sentar com as pernas esticadas ou na posição que lhe der mais jeito. O importante é meditar, não a posição em que se encontra.
Pessoalmente, gosto também de acender um incenso e uma vela, é uma forma simbólica de começar "o meu momento", o momento em que tudo desaparece e fico só eu, a relaxar.
No fundo, o importante é estar confortável e não desistir à primeira tentativa. É claro que nos vão surgir pensamentos durante a meditação, mas deixe-os fluir. Se calhar, poderá até ter outra perspetiva sobre algo que está a incomodar o seu subconsciente.
Num mundo em que passamos o dia-a-dia a correr, a meditação, nem que seja por 10 minutos, pode acalmar o stress de um dia inteiro. Se não acredita em mim, experimente e veja por si próprio. E depois deixe aqui a sua experiência para que outros também ganhem coragem para o fazer.