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A Pequena Reikiana

Um blog de uma reikiana em constante aprendizagem...

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Saber quando parar

Fevereiro 27, 2018

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Ao querermos ser agradáveis para toda a gente, ao sermos prestativos, sempre presentes, amigo do nosso amigo, às vezes, levamos com respostas tortas e deceções. A quem nunca aconteceu?

 

Só quem realmente se preocupa com os outros sabe qual é este sentimento. Eu, na minha eterna ingenuidade, continuo a achar que vale sempre a pena ajudar o próximo. Mas quantas mais vezes serão precisas para aprender que nem toda a gente merece? Não sei...

 

Começo a entender que há um momento em que temos de saber parar. Temos de saber parar as mensagens, parar de dar atenção e dedicar o nosso tempo a quem não merece. Parar de pensar naquela pessoa que, provavelmente, tem mais do que fazer do que pensar em nós. Parar de nos preocupar com aquele amigo que não se preocupa da mesma maneira connosco. Parar de dar mais atenção aos problemas dos outros do que aos nossos.

 

Porque é exatamente isso que acontece. Acabamos por nos esquecer de nós e de quem nos é mais próximo para ajudar e dar atenção a outras pessoas que, depois, quando precisamos, raramente estão lá.

 

Criamos ilusões, criamos expetativas que se tornam em deceções atrás de deceções. E para quê? Isso faz de nós melhores pessoas? Chego à conclusão de que não.

 

Acredito que devemos dar o melhor de nós, sim. Mas acredito também que devemos saber quando parar é o melhor para nós. Quem realmente nos quiser na vida deles e se preocupar connosco, mais cedo ou mais tarde, voltará. Não precisamos de estar sempre presentes nem querer sempre ajudar.

 

No Reiki, um dos princípios é precisamente "Só por hoje, sou bondoso". Mas ser bondoso não significa ser ingénuo nem, muito menos, ser "usado". Ser bondoso significa dar o melhor de nós a todos os seres vivos, ter um sorriso amigo quando necessário, uma palavra de conforto e ajudar no que pudermos.

 

Mas ser bondoso não significa que temos de estar disponíveis para todos a toda a hora, nem que temos de estar sempre bem dispostos quando as pessoas não nos retribuem da mesma forma. Ser bondoso sim, ser ingénuo não.

 

Por isso, é importante saber quando parar. Haverá, infelizmente, sempre alguém a quem podemos ajudar, alguém com quem poderemos utilizar essa bondade que existe dentro dos nossos corações. Só precisamos de saber utilizá-la, realmente, com quem merece.

 

De que têm tanto medo os médicos?

Fevereiro 15, 2018

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Mais uma vez, vou ser obrigada a abordar o mesmo tema. A mentalidade portuguesa face às medicinas alternativas/complementares. Tudo porque me deparei, no outro dia, com uma notícia que me fez alguma "comichão". O título já dizia tudo: "Médicos contra licenciatura em medicina chinesa ameaçam com protesto".

 

Ameaçam com protesto? Mas porquê? De que têm tanto medo os médicos, afinal?

 

Segundo a notícia, a Ordem dos Médicos "acusa o Governo de ameaçar a saúde dos portugueses validando cientificamente práticas tradicionais chinesas" e o próprio bastonário, Miguel Guimarães, afirma que a licenciatura "em práticas que não têm base científica constitui um perigo para a saúde e para as finanças dos portugueses".

 

Mais. O bastonário diz que o Governo, ao aprovar esta licenciatura de quatro anos, está a "contribuir para um retrocesso sem precedentes". Retrocesso? Acho que há aqui qualquer coisa que está a escapar à classe médica.

 

Retrocesso é não ver o que se passa à sua volta, no mundo, onde as práticas de medicinas alternativas/complementares são cada vez mais usuais e aprovadas, quer por quem delas usufrui, quer pelos próprios governos.

 

Criticam as medicinas alternativas e descredibilizam-nas porque não têm base, porque não têm um curso próprio, etc. Mas quando se quer dar esse passo em frente, também não aceitam. Em que ficamos, afinal? Que raio de mentalidade é esta que não quer aceitar que as coisas mudam e que nem tudo tem de ser feito como há 100 anos atrás? A própria medicina vai-se atualizando, vai-se adaptando. O mesmo se passa com a sociedade, que descobre novas formas de tratamento.

 

Contudo, o bastonário da Ordem dos Médicos consegue ainda ser mais ridículo. Segundo ele, ao se criar uma licenciatura validada em medicina tradicional chinesa, "a publicidade enganosa irá aumentar de forma brutal, legalizada pelo ministro da Saúde". COMO? Ao criar uma licenciatura a publicidade enganosa irá aumentar?

 

Será que este senhor, bastonário da Ordem dos Médicos, não vive no mesmo mundo que eu? Publicidade enganosa é o que existe em vários comprimidos e frasquinhos que se vendem nas farmácias. Publicidade enganosa é encher as pessoas de antidepressivos por tudo e por nada. Publicidade enganosa é o que acontece diariamente, exatamente porque não há cursos reconhecidos pelo Ministério da Saúde. Publicidade enganosa só existe porque o Governo não aceita admitir as medicinas alternativas/complementares como algo real e válido.

 

Continuo a perguntar. De que têm tanto medo os médicos? De ficar sem pacientes? Isso nunca acontecerá. Há sempre casos que necessitam de tratamento médico especializado, com exames, medicamentos e cirurgias. Mas talvez percam as farmacêuticas... Será que é esse o medo? Que as pessoas abram os olhos e vejam o quanto estão a ser enganadas pelas farmacêuticas há anos?

 

Será que sou a única que não entende esta posição?

 

A humildade

Fevereiro 08, 2018

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Seja nesta profissão ou em qualquer outra, a humildade é algo que prezo e valorizo bastante. Mas humildade e terapias complementares ou alternativas é algo que parece não combinar. Estranho, não é? Mas é o que tenho reparado ultimamente.

 

Há, de facto, uma grande oferta de terapias complementares/alternativas já em Portugal, cada vez mais até. Seja pelos "famosos" cursos de um dia, seja pelo facto de as pessoas estarem cada vez mais a procurar alternativas para os seus problemas, mas falta algo importante: honestidade e humildade.

 

São raros os casos em que encontro pessoas humildes. Todos se acham melhores que os outros. Todos sabem mais que o próximo. Todos são os melhores no que fazem e têm um "dom" especial. Entendo que o mercado está sobrecarregado, que é necessário fazer "marketing" e "vender o produto", mas há limites. E os limites começam quando se engana as pessoas.

 

Confesso que isso me começa a irritar. Claro que, como em qualquer profissão ou situação, há pessoas que têm mais aptidão para algumas coisas do que para outras, isso é normal e todos temos de aceitar as nossas limitações. Mas, para quê dizer que somos bons em algo quando não o somos? Qual a ideia de dizer que sabemos isto e aquilo se, depois, na prática, não sabemos? O que se ganha com isso afinal?

 

Há um ditado que me tem acompanhado ao longo da vida. "Mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo". Nada podia ser mais verdade. Tenho-me deparado, ao longo da minha vida, com inúmeras situações em que este ditado tão antigo se aplica na perfeição.

 

E ultimamente então... Desde que entrei neste mundo "paralelo" encontro de tudo. Desde cursos de Reiki que nunca ouvi falar (e que duvido muito que sejam verdadeiros), iniciações à distância, cursos disto e daquilo, pessoas que são especiais porque vêm ou sentem ou sabem algo e que, depois, no final de contas, não sabem rigorosamente nada. Os famosos "charlatães" estão em todos os cantos. E o problema é que alguns deles até podiam ser bons profissionais, desde que não perdessem a humildade e aceitassem as suas capacidades sem invejar as dos outros e tentar imitar o que não é possível.

 

Porque é, de facto, muito fácil apanhar essas pessoas, que diria que, além de não terem humildade, são, na verdade, mentirosas. Estão a enganar as pessoas e isso é algo que não suporto mesmo. Tira-me do sério. E, infelizmente, para mim, é cada vez mais fácil de perceber isso, o que me traz grandes problemas...

 

Para mim, a humildade é fundamental para sermos bons profissionais. Só com humildade (e, consequentemente, honestidade) conseguiremos entender quais as nossas verdadeiras qualidades e defeitos, e aprender a contorná-los e, quem sabe, até melhorar e aprender com isso. Porque só ao entendermo-nos melhor e conhecermos as nossas próprias limitações, poderemos ser melhores pessoas e ajudar, de facto, os outros.

 

Acredito que podemos mostrar o que somos e o que fazemos e continuar o nosso percurso com sucesso sem perdermos a nossa humildade. Vamos todos tentar?

 

 

A saúde mental em Portugal

Fevereiro 04, 2018

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Saiu, no passado dia 2 de fevereiro, uma entrevista do bastonário da Ordem dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues. Confesso que, sendo este um tema que me suscita sempre atenção, li a entrevista, mas, a meio, fiquei algo irritada. Passo a explicar.

 

Durante a referida entrevista, que pode ser lida aqui na íntegra, o bastonário começa por admitir que a saúde mental é "há muito tempo o parente pobre do investimento em saúde em Portugal". Até aqui, nada de novo.

 

Continuando a ler, vemos que Francisco Miranda Rodrigues afirma que "praticamente 65% das pessoas com perturbações moderadas a nível mental" e "mais de 30% das perturbações mais graves, não recebem os cuidados de saúde mental adequados". E isso preocupa-me. Preocupa-me porque temos um Serviço Nacional de Saúde que não garante quase nenhum apoio a uma fatia tão grande da população.

 

E esse facto é referido pelo entrevistado, que diz mesmo que "o problema, muitas vezes, é a falta de recursos financeiros, ou seja, se não temos esses serviços de psicologia disponíveis ao nível do Sistema Nacional de Saúde, apenas os portugueses com maior capacidade financeira os conseguirão, e no privado, ou aqueles que têm comparticipações que lhes permitam esse acesso".

 

Como se já não bastasse isto, o bastonário da Ordem dos Psicólogos, questionado sobre o facto de várias patologias como o stress, a depressão ou a ansiedade, serem, quase sempre, tratadas pelos médicos de família com fármacos, admitir que isso pode trazer consequências e riscos à saúde das pessoas.

 

Ora, se o próprio bastonário da Ordem dos Psicólogos vê riscos na prescrição generalizada de fármacos para tratar este tipo de patologias, não há aqui qualquer coisa que está errada? Ele próprio afirma "estamos com a situação completamente invertida face àquilo que deveria ser a realidade". E aqui tenho de concordar. Estamos, realmente, a fazer tudo ao contrário.

 

Claro que os medicamentos são necessários. Em vários casos, são fundamentais até. Mas noutros casos não. E estamos a "viciar" uma sociedade inteira em antidepressivos, calmantes e ansiolíticos. E isso não me parece correto.

 

Eu própria, que usei e abusei de ansiolíticos, confesso, não considero normal que tanta gente ande sempre a tomar este tipo de medicamentos para poder ter uma vida minimamente normal. Se em algumas patologias isso é necessário, noutras não faz qualquer sentido e aqui entram as medicinas alternativas. As tais medicinas que tanto me ajudaram e que me fizeram reduzir incrivelmente o uso de medicamentos.

 

Mas, durante toda a entrevista, não houve uma única referência às medicinas alternativas ou complementares. O que não me surpreende... infelizmente. Apenas demonstra que os próprios psicólogos não querem que tratamentos como o Reiki sejam conhecidos e divulgados. Porque não dizer, como noutros países, para as pessoas experimentarem? Não é melhor aceitar o que existe à nossa volta do que continuar a prejudicar a saúde das pessoas e encher os bolsos das farmacêuticas?

 

São este tipo de coisas que me tiram do sério. É ver pessoas que têm cargos onde realmente podem fazer algo de diferente, a não fazerem rigorosamente nada. Admitirem que a saúde mental em Portugal está mal, que mais de metade da população portuguesa necessita de medicamentos todos os dias por questões mentais, admitir que esse uso excessivo de fármacos tem riscos, mas não fazer nada em relação a isso. Apenas falar que são precisos mais psicólogos.

 

Certo, concordo. São necessários mais psicólogos. Mas... muitas vezes os psicólogos não têm a capacidade de nos tirar os problemas de cima. Passamos para os psiquiatras. E aí, é quase certo que entram os medicamentos. É um ciclo vicioso que só pode ser quebrado se o paciente decidir, por sua própria vontade, seguir outro caminho e procurar ajuda alternativa.

 

Se o Serviço Nacional de Saúde já admitisse as medicinas alternativas e complementares como algo real, talvez esta situação, e esta entrevista, fossem totalmente diferentes.

 

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